R ALBERTO DE OLIVEIRA

O poeta Antonio Mariano Alberto de Oliveira possuía os pseudônimos de: Atta-Troll, Acacio de Xexas, Don Bibas e Lirio Branco. Nasceu em Palmital de Saquarema, província do Rio de Janeiro, em 28 de abril de 1859. Fez os estudos primários em Saquarema, da qual saiu em 1869, indo para a corte, onde frequentou o Colégio Aquino. Em 1873 empregou como guarda-livros, onde escreveu os primeiros versos. Em 1877 publicou o primeiro soneto na Gazeta de Notícias. Estreiou em livro com as "Canções Românticas", elogiadas por Machado de Assis, no artigo "A Nova Geração". Em 1880 matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde fez até o 3º ano. Fez o curso de farmácia, no qual, se formou, em 1883. Foram seus amigos, nessa época, entre outros, Olavo Bilac, Raul Pompéia, Raimundo Correia, Aluísio Azevedo, Machado de Assis e Ferreira de Araújo, diretor da Gazeta de Notícias. O segundo livro, "Meridionais", saiu em 1884, com prefácio de Machado de Assis. Em 1885, foram publicados os Sonetos e Poemas. Colaborou em "A Semana" de Valentim Magalhães. Recebeu o título de doutor honoris causa em Filosofia e Letras, pela Universidade Nacional de Buenos Aires. Foi membro correspondente da The Hispanic Society of America e sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa. Desde 1877, colaborou em quase todos os jornais e revistas cariocas de sua época. Em 03 de maio de 1892 foi nomeado oficial de gabinete do governador do Estado do Rio, José Tomás da Porciúncula. Logo depois passou a diretor geral da Instrução Pública. Em 20 de junho de 1897, instalou-se na Academia Brasileira de Letras, sendo o fundador da Cadeira nº 8. Passou a morar em Petrópolis onde permaneceu por longo tempo. Era um dos mais populares poetas da literatura brasileira. Colaborou na Lira Acaciana, em 1900, coletânea de sátiras e epigramas contra Alberto Tôrres, que foi deputado, ministro e governador do Estado do Rio. Em 1910, deixou sua residência em Petrópolis e foi morar na Rua Abilio, no bairro carioca de São Cristovão. Em 1914, passou a lecionar na Escola Normal e na Escola Dramática, dirigida por Coelho Neto. Na qualidade de professor da língua portuguesa, de história e de literatura. Organizou as antologias Páginas de Ouro da Poesia Brasileira e Céu, Terra e Mar, além de outras em colaboração com Jorge Jobim. Fez também várias conferências, no Rio e em São Paulo. No concurso organizado pela revista Fon-Fon, em 1914 foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros. Em 1926 cedeu a sua casa na rua Abilio à uma istiuição religiosa. Nesse mesmo ano, foi eleito presidente da Academia Brasileira de Letras, mas renunciou no próprio ato da eleição. Em 12 de outubro de 1935 entrou para o Cenáculo Fluminense de História de Letras. Faleceu em Niterói, em 19 de janeiro de 1937.

Começa na rua Fausto Ferraz e termina na praça de retorno.

Fonte: Dic.Ruas