PC LOUVEIRA

Através do Projeto de Lei nº 310 de 1948, o vereador Reynaldo Smith de Vasconcelos encaminhou a solicitação da Cia. de Tecidos Progredidor com abaixo assinado dos moradores da Rua Tanquinho para a oficialização daquele logradouro, bem como da Praça Louveira. Cópia do Documento: “A Companhia de Tecidos Progredidor, estabelecida à Praça Louveira nº 2, fim da Rua Tanquinho, no Tatuapé, operários da citada companhia e demais moradores da Rua Tanquinho, vem a presença de V. Excia expor e afinal requerer o seguinte: Em 1942 foi aberta a rua cujo nome extra oficial foi TANQUINHO cuja rua é travessa direta da Av. Celso Garcia, no Tatuapé. Em 1943 o Sr. João Perella e Francisco Fernandes doaram à Prefeitura uma bela área para nela ser feito um jardim. O Sr. Francisco Fernandes fez construir o prédio da Cia de Tecidos Progredidor em frente à citada área e que constitui a Praça Louveira, nome não oficial. O escopo da doação foi não só o embelezamento do local, mas principalmente dar, através de seus bancos e árvores, descanso ao ar livre e sombra amiga aos operários da Companhia de Tecidos Progredidor no período intermediário do trabalho; é a legislação trabalhista no seu estágio mais adiantado. A rua não oficial, esburacada, sem iluminação, sem calçada, sem carteiro, sem lixeiro, é um verdadeiro inferno para os seus moradores e um grande entrave para o progresso da Companhia de Tecidos, pois em dias de chuvas seus caminhões não podem sair e nem as outras empresas (fornecedores, transportes, compradores) se arriscam a descer a rua Tanquinho; os próprios operários deixam de vir à fábrica, e a produção nacional sofre com isso. Assim exposto, os abaixo assinados, pedem a V. Excia. Que exponha junto a seus pares nossas pretensões e que obtenham a oficialização da rua Tanquinho e da Praça Louveira e que, ainda, intercedam junto à Prefeitura Municipal, a obtenção do serviço de terraplenagem da rua Tanquinho e a feitura do jardim na Praça Louveira. Certos que este apelo encontrará eco na força dinâmica de V. Excia. e demais vereadores de nossa Câmara, a Cia de Tecidos Progredidor, seus operários e os moradores da rua Tanquinho, agradecem por si e por São Paulo. São Paulo, 20 de Maio de 1948. OBS: Seguem dezenas de assinaturas. EXPLICAÇÃO: Esta Praça homenageia o município paulista de Louveira, cujos primeiros moradores chegaram em 1639. A origem de seu nome deve-se ao primeiro povoador e um dos participantes da fundação - Gaspar de Louveira, natural de Iagronã - Espanha, casado com Paschoa Costa, descendente direta de João Ramalho e Bartyra, filha do Cacique Tibiriçá. O casal instalou-se no pouso dos Oliveiras, plantando ali as primeiras videiras da região, trazidas de suas plantações no Jaraguá. Em 1872 era inaugurada a Estação Ferroviária e a linha férrea da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Em 1908, a Vila Rocinha, posteriormente chamada Vinhedo - na época bairro de Jundiaí - passou à categoria de Distrito. Louveira pertenceu por mais de 300 anos a Jundiaí, até que, em 1948, Vinhedo se desmembrou e Louveira a ele se incorporou como bairro. Ao realizar-se a primeira eleição no novo Município de Vinhedo, o bairro de Louveira elegeu cinco Vereadores à Câmara Municipal. Em agosto de 1952, os eleitos e outras pessoas ali residentes, reivindicaram sua elevação a Distrito, fato ocorrido no ano seguinte. Em 1963, realizou-se uma assembléia pró-emancipação do Distrito e, no final do mesmo ano, o povo, em plebiscito, manifestou-se pela elevação de Louveira a município, o que se efetivou em 1964.

Fonte: Justificativa apresentada no Projeto de Lei 310/1948 e Biblioteca Histórica do IBGE.

Fica entre as Ruas Tanquinho e Mongaguá. Setor: 62. Zona suburbana.

Nomes anteriores: Praça Sem Nome

Fonte: Dic.Ruas