AV VALDEMAR FERREIRA

Waldemar Martins Ferreira nasceu em 2 de dezembro de 1885, na cidade de Bragança, hoje Bragança Paulista. O professor Waldemar demonstrou, desde muito cedo, suas excepcionais qualidades de talento, perseverança e dedicação às ciências jurídicas que acabaram por adjudicar-lhe as láureas de um dos nossos maiores mestres de Direito. Terminou com distinção os seus estudos primários na terra natal e os secundários no Ginásio Nogueira da Gama, em Jacareí. Matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, cujos cursos freqüentou até o seu término, com inusitado brilho. Assim, colou grau de bacharel em ciências jurídicas e sociais exatamente no dia em que completava 23 anos de idade, em 2 de dezembro de 1908. Entre 1905 e 1907, dirigiu o semanário bragantino "A Notícia", fundado por Simeão Estelita Júnior. Foi também fundador do jornal "O Santelmo". Para poder custear a própria subsistência, trabalhava como copista no Cartório do 4º tabelionato da Capital. Advogado militante, iniciou sua vida profissional propriamente dita em sua cidade natal. Atraído pelas vantagens do centro metropolitano, transferiu-se para São Paulo. Em 1916, o "Professor Waldemar", assim conhecido, fundou com outros colegas o Instituto dos Advogados de São Paulo, do qual iria se tornar o 6º presidente, em 1926. Seus grandes méritos se confirmaram ao se ver nomeado, mediante concurso, lente substituto de Direito Comercial da Faculdade do Largo de São Francisco. Em 1927, após o falecimento do respectivo titular, professor Frederico Steidel, concorreu à vaga e foi nomeado catedrático de Direito Comercial, obtendo nessa ocasião, consequentemente, o grau de "Doutor em Ciências Jurídicas e Sociais". Durante o governo Pedro de Toledo, exerceu o cargo de Secretário da Justiça e Negócios do Interior. Em 1932, ano em que São Paulo viveu sua página mais gloriosa, ou seja, a epopéia sublime da Revolução Constitucionalista, toda ela escrita com altivez e civismo, bravura e sangue dos legionários paulistas, Waldemar Ferreira não poderia de modo algum permanecer alheio à grande causa, ao patriotismo da luta em prol da volta ao País do regime legal. E com tamanho relevo se portou, com tanto entusiasmo agiu em defesa dos princípios da liberdade e justiça que, terminado o movimento com a nossa derrota, foi exilado para Portugal, integrando um dos elementos que desencadearam a reação liberal em São Paulo. Em Lisboa porém, jamais se entregou à desesperança e à natural nostalgia e inconformismo dos exilados políticos. Ao contrário, enfrentando todas as instabilidades, dedicou-se ao trabalho construtivo, realizando um curso de Direito Comercial na Faculdade de Direito da Universidade da Capital portuguêsa, onde já era aliás doutor "honoris causa". Desempenhou o cargo de diretor da Faculdade de Direito de São Paulo, de 16 de julho a 31 de dezembro de 1934. Foi também um dos fundadores da Liga de Defesa Nacionalista de São Paulo. Em 10 de agosto de 1958, foi-lhe conferido o prêmio "Moinho Santista". Entre muitas de suas obras citam-se as seguintes: Estudos de Direito Comercial, "A Hipoteca Naval do Brasil", "Sociedade por Quotas", "Curso de Direito Comercial", "Da Responsabilidade Civil da massa falida por culpa de seus representantes", "Tratado de Direito Comercial", em quinze volumes, além das histórias "Notas compiladas e coordenadas sôbre a Congregação da Faculdade de Direito de São Paulo na Centúria de 1827 a 1927". Faleceu em 10 de agosto de 1964.

O nome acima foi alterado pelo Decreto 15.635, de 17 de janeiro de 1979.

Começa na Praça Jorge de Lima e termina na Praça Vicente Rodrigues S.J. Fica entre a Avenida Vital Brasil e a Rua Agostinho Cantu.

Nomes anteriores: Avenida das Missões e Rua das Missões

Fonte: Dic.Ruas