AV TURMALINA

Na segunda metade do século XIX, uma extensa área localizada nas imediações do Parque da Aclimação pertencia ao negociante Francisco Justino da Silva que, desde 1860, fora nomeado como funcionário responsável pelo matadouro municipal. Naquela época, este primitivo matadouro localizava-se nas imediações da Liberdade. Após o falecimento de Justino, as terras passaram ao seu filho Francisco Justino de Azevedo, ele professor e diretor do Grupo Escolar do Cambuci (veja Rua Francisco Justino de Azevedo) e, mais tarde, aos filhos deste. Após o loteamento de grande parte da área, a família ainda manteve uma propriedade então chamada “Chácara Safira”. E foi nessa mesma área que, a partir de 1913, foram abertas as várias ruas que receberam nomes de pedras preciosas a exemplo da Avenida Turmalina, ou de planetas do sistema solar. Provavelmente essas denominações foram dadas pelo proprietário, o professor Francisco Justino de Azevedo que muito se interessava por ciências. Conforme o mapa oficial da cidade de 1916, o loteamento já estava consolidado.

Turmalina: os minerais do grupo da turmalina constituem um dos mais complexos grupos de silicato quanto à sua composição química, sendo todos eles ciclossilicatos, sendo ela Na(Mg,Fe,Li,Mn,Al)3Al6(BO3)3Si6.O18(OH,F)4 .Trata-se de um grupo de silicatos de boro e alumínio, cuja composição é muito variável devido às substituições isomórficas (em solução sólida) que podem ocorrer na sua estrutura. Os elementos que mais comumente participam nestas substituições são o ferro, o magnésio, o sódio, o cálcio e o lítio existindo outros elementos que podem também ocorrer. A palavra turmalina é uma corruptela de turamali (do cingalês) que significa pedra que atrai a cinza (uma referência às suas propriedades piroeléctricas).

Fonte: História dos Bairros de São Paulo, “Aclimação”, de Augusta Garcia Rocha Dorea, Prefeitura de São Paulo, SMC-Arquivo Histórico Municipal, 1982.

Começa na Av. da Aclimação e Termina na Rua Alabstro. B. Aclimação.

Fonte: Dic.Ruas