AV PDE ARLINDO VIEIRA

O padre Arlindo Vieira, nasceu em Capão Bonito no dia 19 de julho de 1897, dia de São Vicente, "o protetor dos pobres e dos que trabalham pelos pobres". Era filho do major Pedro Augusto Vieira e de D. Francisca Vieira. Em 1911 matriculou-se no Colégio São Luis de Itu, depois foi para o Seminário de Botucatu e, em 1920, ordenou-se padre. Ficou apenas um ano na paróquia de Avaré e de lá saiu para seu grande sonho: o noviciado na Companhia de Jesus, em Nova Friburgo. Oito anos após, seguiu para Roma, para aperfeiçoar-se em estudos eclesiásticos, na Universidade Gregoriana. "Embora tivesse estudado na Europa e falasse seis idiomas, era um homem simples, tolerante, e a pureza foi sua principal característica". Voltando ao Brasil, padre Arlindo começou a trabalhar na educação, exercendo a direção de vários colégios, sempre preocupado com a melhoria do ensino, inovando os métodos para uma educação mais dinâmica. Padre Arlindo não tinha paróquia, pertencia à Ordem dos Jesuítas e, como ele próprio dizia: "Minha vocação é andar por aí". Contam aqueles que o conheceram em vida, que não havia distâncias que o separassem de um aflito que precisasse de um consolo. Fosse na cidade ou num sítio qualquer, lá estaria o padre Arlindo brincando com seus amigos, enquanto confortava os necessitados. Tantas eram suas ideias e manifestações que, ao ser apresentado ao presidente da República, na época, este exclamou: "Este que é o terrível padre Arlindo Vieira?". E assim seguiu o sacerdote andarilho percorrendo todos os pontos do País e pregando sua fé. Trocava o conforto das cidades pelos incômodos do campo onde, para não fazer desfeita da generosidade dos camponeses, ficava um pouco mais, às vezes para uma comida simples, ou, por uma pousada. Na manhã seguinte, seguia de novo pelas estradas. "Esta é a verdadeira igreja de Cristo, a dos humildes e necessitados. E eu estou dando minha colaboração. Sofrendo um pouco, mas feliz". Um dia, o padre Arlindo estava em Diogo de Vasconcelos, uma pequena cidade a 160 Km de Belo Horizonte, como vinha fazendo há vinte anos, ele lá estava para fazer a vigília do padroeiro local. Passara o dia fazendo confissões e rezando missas, na última delas os fiéis atônitos viram o corpo do sacerdote cair lentamente junto ao altar. Era dia 04 de agosto de 1963 e o padre Arlindo Vieira estava morto. Os amigos não deixaram que ele fosse enterrado em outro lugar que não fosse Diogo de Vasconcelos e, "num dia de muita tristeza", padre Arlindo foi enterrado dentro da própria Igreja.

Nome oficializado pelo decreto 5.900, de 28 de julho de 1964.
Processos administrativos: nº 15.894/64 e nº 16.208/64.
Nome anterior do logradouro: Estrada Caraguatá e Estrada Curral Pequeno.

Começa na Rua Vergueiro e termina na Estrada do Cursino, fica entre Via Anchieta e Avenida Coronel José Pires de Andrade.

Nomes anteriores: Estrada do Curral Pequeno e Estrada de Caraguatá.

Fonte: Dic.Ruas