AV EMB ALVARO LINS

O embaixador e crítico literário Alvaro de Barros Lins nasceu em Caruaru, Pernambuco, em 14 de dezembro de 1912. Sua vocação literária despertou já na adolescência, nos anos do curso de Humanidades no Colégio Salesiano e no Ginásio Oficial do Estado. Bacharel em Direito pela Faculdade de Recife, iniciou-se na carreira de advogado em sua cidade natal. Dotado de marcada vocação política, candidatou-se a deputado federal por Pernambuco em 1937, a seguir durante dois anos permaneceu no Recife exercendo o magistério secundário e o jornalismo, como diretor do "Diário da Manhã". Prestou concurso para a cadeira de História do Ginásio Pernambucano, defendendo a tese sobre a Decadência do Império Brasileiro, em 1939. No ano seguinte, ao transferir-se para o Rio de Janeiro, se tornou um nome de projeção nacional graças a famosa "História Literária de Eça de Queiroz", lançada em 1940 pela editora "José Olimpio". Esse livro marcou uma etapa nos estudos queirosianos. Inicia então, Alvaro Lins, seus artigos de crítica literária no "Correio da Manhã". Data também dessa época sua colaboração as edições dominicais deste jornal, então denominado "Folha da Manhã". Reunindo em coleção esses escritos na imprensa, publicou, de 1941 a 1963, os sete volumes do "Jornal de Crítica", repositório precioso de ensaios indispensáveis sobre a literatura brasileira. Ocupou altas funções públicas nos últimos anos, havendo sido enviado como nosso embaixador em Portugal. Eleito em 1955 para a Academia Brasileira de Letras, na vaga de Roquete Pinto, tomou posse em 1956. Além do conhecido ensaio sobre Eça, o crítico, em 1950, chamou particularmente a atenção dos meios intelectuais do País com sua tese de concurso à cátedra de Literatura no Colégio Pedro II. Trata-se do famoso estudo "Da Técnica do Romance em Marcel Proust", uma das mais primorosas manifestações de ensaísticas nacional sobre "A la Recherde du Temps Perdu". Foi autor de vasta bibliografia, devendo citar-se sobretudo as seguintes obras: "Roteiro Literário do Brasil e de Portugal", em 1956; "A Glória de César e o Punhal de Brutos", 1962; "Os Mortos de Sobrecasaca", 1963; "O Relógio e o Quadrante", 1964 e "Filosofia, História e Crítica na Literatura Brasileira", 1967. Faleceu em 04 de junho de 1970.

Começa na Avenida Água Funda e Termina na Avenida Manoel Pires. Fica entre a Avenida Miguel Estefano e a Rua 1. Setor: 48.

Nomes anteriores: Avenida "1".

Fonte: Dic.Ruas