AV DR FRANCISCO MESQUITA

Dr. Francisco de Mesquita nasceu na Capital de São Paulo em 22 de abril de 1893. Nesta época, seu avô, Cerqueira César e seu pai pontificavam na política. Em sua casa reuniram-se as figuras políticas mais destacadas da época e, desde logo, o calor dos ideias republicanos foi se formando em seu jovem espírito. Cursou o Ginásio do Estado e entrou para a Faculdade de Direito do Largo São Francisco onde, ao lado de seus irmãos, participou dos primeiros movimentos políticos. No jornal "O Estado de São Paulo" sob a direção de seu pai, familiarizou-se com as principais figuras da época, participou ativamente dos movimentos públicos que, na época, preocupavam a juventude brasileira. Impressionou-se bastante com as palavras de Olavo Bilac aos estudantes paulistas, em defesa da instituição do serviço militar obrigatório. Ao lado do irmão, tornou-se um dos apóstolos da campanha. Com seu irmão Julio de Mesquita Filho, foi um dos fundadores da Liga Nacionalista que reuniu as figuras mais destacadas da mocidade da época. A Liga passou a propagar o ideal da purificação republicana até que foi proibida de funcionar com a Revolução de 1924, que deu origem depois à Coluna Prestes. Com a derrota da revolução prosseguiu com maior ímpeto. Francisco e seu irmão Julio foram fundadores e diretores do Partido Democrata, em fevereiro de 1926. Ao se instalar em São Paulo o governo provisório da revolução de "30" sob a chefia do tenente João Alberto, Francisco Mesquita, ainda jovem, foi nomeado secretário do governo. São Paulo já marchava, então, para o movimento de 9 de julho de 1932. Francisco Mesquita figurou entre os líderes paulistas que se encarregaram dos trabalhos preparatórios da Revolução Constitucionalista e, ao eclodir o movimento, foi um dos primeiros voluntários a partir para o campo de batalha. Como simples soldado serviu no 6º Regimento de Infantaria em Cachoeira e, em seguida, no Batalhão Voluntários de Piratininga, unidade onde se distinguiu pelos combates travados. Em 19 de agosto foi feito prisioneiro nas proximidades de Queluz e remetido para o Rio de Janeiro, onde permaneceu até o final da Revolução. Figurou entre os condenados ao exílio em Portugal. Retornou ao Brasil, logo após o final do exílio, e reiniciou com o mesmo ardor as lutas políticas, combatendo pelos mesmos ideais de antes. Figurou entre os fundadores e diretores do Partido Constitucionalista, foi através deste eleito deputado estadual. Participou ativamente dos trabalhos da Assembléia, inaugurados em 8 de abril de 1935. Foi em seguida, um dos fundadores da União Democrática Brasileira que lançou a candidatura de Armando Salles Oliveira à Presidência da República. Participou desta campanha eleitoral até o fim, ou seja, até quando se implantou no País o "Estado Novo". Tempos depois o jornal "O Estado de São Paulo" foi ocupado por tropas estadonovistas e Francisco Mesquita passou a dedicar-se a agricultura. Formou em Botucatu, uma fazenda que foi considerada como modelo. Desde então, não mais se desligou da agricultura, mesmo em 1945, quando "O Estado de São Paulo" foi devolvido aos seus donos e quando reassumiu seu posto para iniciar sua parte mais eficiente na administração daquela empresa. Mesmo quando absolvido pelas atividades na formação de sua fazenda, não se afastou das lides cívicas. O fim do "Estado Novo", em 1945, veio encontrá-lo na ativa e tornou-se um dos fundadores da UDN. Teve também parte ativa nos acontecimentos políticos posteriores, principalmente nos de 1964. Faleceu em 7 de novembro de 1969.

Ficam denominadas Avenida Doutor Francisco Mesquita as atuais avenidas marginais do rio Tamanduateí, com início na Av. Presidente Wilson e término na divisa com São Caetano do Sul, Distrito Vila Prudente.

Nomes anteriores: Avenida Marginal e Rua Francisco Mesquita.

Fonte: Dic.Ruas